Sines: Porto de Mar Aberto à Celebração da Música e dos Povos

Pausa no ensaio dos Galaxy na Escola de Música de Sines, Foto de Ana Rego / Moving cause

Viveram-se dias intensos em Sines de 21 de Julho a 1 de Agosto, com o “baptismo” dos Galaxy em território português, e a recepção à banda não podia ter sido mais calorosa, pelas palavras de Carlos Seixas, organizador do Festival de Músicas do Mundo, que lhes estendeu os braços e convidou a explorar os dias de festa em Sines, “castelo e porto de mar que se abre para celebrar a música e os povos”.

Considerado por muitos o melhor festival de música em Portugal, o FMM “foi criado em 1999 com o objectivo de valorizar o Castelo de Sines, berço de Vasco da Gama, através de um acontecimento que mostrasse a diversidade das expressões musicais do mundo, evocando a revolução nos contactos inter-culturais a que as viagens do navegador abriram caminho. (…) Dar a descobrir é a sua filosofia.

Foi em 2009 que o Presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, lançou o convite aos Galaxy para virem dar a descobrir a sua música no FMM de 2010, almejando proporcionar um reencontro entre Portugal e Timor Leste, país por quem nutre um carinho especial e onde iniciou o seu estudo liceal durante o serviço militar ali prestado, como contou aos Galaxy num encontro comovente que aconteceu na véspera do concerto.

Soundcheck no Palco da Praia, Av. Vasco da Gama, Sines

Soundcheck no Palco da Praia, Av. Vasco da Gama, Sines

No dia 31 de Julho a estreia dos Galaxy trouxe emoções fortes e uma experiência musical única tanto para os artistas como para os milhares de pessoas que os ouviram e com eles cantaram e dançaram a fusão de peso que foi apresentada. Os Galaxy rockaram ao pôr do sol no palco da praia, naquele que foi considerado o dia mais participado de sempre do FMM, dia da despedida da sua 12ª edição.

"Os timorenses Galaxy no palco da Av. Vasco da Gama.", Facebook FMM 2010

"Os timorenses Galaxy no palco da Av. Vasco da Gama.", Facebook FMM 2010

Foto de Tatiana Lages

Foto de Tatiana Lages

FMM 2010 - Galaxy

Foto de Retorta no flickr

Em vídeo:

Mais momentos do espectáculo:

Com esta oportunidade única de participarem no FMM, os Galaxy não só puderam dar a descobrir o seu talento como também aproveitaram para conhecer e absorver novas percepções, interpretações e convicções de que “a música é muito maior, muito mais cheia de cores e matizes do que a indústria do “mainstream” faz supor.

Ajitu, Etson, Leli, Meli e Leo em frente à Escola de Música de Sines, que disponibilizou estúdio para os ensaios, com o apoio da CMSines e da equipa de produção do FMM, Foto Moving Cause

Ajitu, Etson, Leli, Meli e Leo em frente à Escola de Música de Sines, que disponibilizou estúdio para os ensaios, com o apoio da CMSines e da equipa de produção do FMM, Foto Moving Cause

Oficina com crianças em Sines

"O primeiro ateliê com crianças realizou-se há pouco no auditório do Centro de Artes de Sines. Galaxy (Timor-Leste) foi o grupo que se encontrou com os festivaleiros mais novos." 26 de Julho, Festival Músicas do Mundo, Sines, Portugal (FMM)'s Photos - Facebook Wall Photos

As manhãs de 26 e 27 de Julho também foram preenchidas para os Galaxy

Estiveram nos Ateliês para Crianças a orientar oficinas de desenho, pintura e música com dezenas de petizes das redondezas. Os Ateliês inseriam-se nas Iniciativas Paralelas do FMM 2010, e tomaram lugar no Auditório do Centro de Artes de Sines. Os jovens artistas e professores da Arte Moris, acolheram todas as crianças que quiseram deixar-se encantar pelas artes e cultura de Timor, criando assim um raro espaço de partilha e diálogo entre países irmãos.

Os Galaxy falaram sobre a banda e a sua música, e deixaram os pequenos a sonhar com a criação de instrumentos através do aproveitamento e reutilização de materiais e objectos improvisados. Depois de muitas perguntas colocadas sobre a vida em Timor e sobre a língua tétum, chegou a altura de todos se debruçarem sobre a tela enorme que cobria o chão do auditório. Em conjunto, os galaxy e as crianças, espalharam magia com pinturas e desenhos de símbolos e formas timorenses, como a casa tradicional, os tais e o crocodilo.

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